Brasil, terra onde o errado virou certo (Infelizmente)

O que dizer do nosso país, onde os exemplos e os heróis são bandidos, usurpadores, ladrões, traficantes, menores meliantes, assassinos de policiais, contraventores, desocupados amontoados em uma casa por 3 meses, estelionatários e coisas afim.

Na novela global a atriz Juliana Paes interpreta uma traficante, que por amor deixou sua vida para agir como criminosa, sem exitar viveu a margem da lei para ajudar o seu amado. E analisando as falas da personagem, sempre referindo-se a policial como se a mesma fosse a culpada do desvio de conduta do seu marido. Coisas como: “se aquela policial não houvesse cruzado nosso caminho, estaríamos muito bem”; “aquela policial não gosta de nós meu filho”; “a culpa do seu pai estar preso é daquela policial”. Essas falas ditas diante de uma criança, que interpreta o filho.

Sim, usam uma criança nestas cenas para exatamente passar a outras crianças que por ventura estejam assistindo, que todos os policiais são perseguidores, maus e implicantes com “pobres coitados desprovidos de grana”, e quem for sábio em entender a situação, verá que isso não pode ser por acaso. A globo com esta novela quer mais uma vez denegrir a imagem da instituição policial, em rede nacional, no horário nobre.

Não satisfeitos em forçar essa barra em sua telenovela, no domingo em horário nobre, onde famílias reúnem-se na sala de suas casas, ou até mesmo em restaurantes, a globo mais uma vez enfia de goela abaixo um encontro entre a atriz Juliana Paes, e a real traficante “a homenageada” em seu programa semana o Fantástico. Confesso que não assisti a tal entrevista, e nem me daria desgosto, pois sei bem de que lado estou, e o meu lado é a lei, a ordem, e o amor à minha pátria. Ninguém que viva ou tenha vivido a margem da lei, merece a minha audiência, e o gasto de minha energia elétrica.

Preocupa-me ver jovens perdendo suas vidas no uso constante de drogas seja lícita ou ilícita, desperdiçando sua juventude, pondo em xeque sua saúde, por conta de momentos de prazer, ilusões temporárias, que não os levam a lugar algum. Muitos jovens já perderam suas vidas por conta do tráfico de drogas, homens e mulheres todos os dias são descartados na sarjeta, no sereno protegidos apenas por uma marquise, por conta deste maldito vício entorpecedor. Não consigo entender como um ou uma traficante pode ser destaque em uma novela.

A situação do nosso país não é nada boa, desemprego na casa dos 14 milhões, saúde pública completamente falida, educação pública deficiente, segurança pública sofrendo com os cortes federais e com a roubalheira executada no Estado do RJ e no Brasil, e como entretenimento colocam uma novela retratando a vida de uma traficante, para dar alfinetadas e criminalizar a instituição policial. Isso é lamentável, é triste e desprezível, e jamais em tempo algum pode ser estimulado entre os jovens, e tão pouco ser colocado como exemplo em rede nacional.

O Brasil e suas mazelas.

O Brasil é um país "gigante", tendo a extensão de 8.514.876 m², dividido em 5 regiões (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul), 26 estados e o Distrito Federal e 5564 municípios.  Com esses números fica mais fácil entender, o por que de tanta preocupação com os eventos Copa do Mundo e Olimpíadas.

Há muita preocupação com: as reformas e obras em andamento, haverá ou não tempo hábil para suas conclusões? os aeroportos estão de acordo? a seleção brasileira se saíra bem? essas são as dúvidas que pairam no ar e nas mentes de nossos governantes, donos de empreiteiras e donos de emissoras de TV, que estando com seus cofres lotados já articulam o golpe derradeiro.

Em quanto isso em um país vizinho chamado "brasilzinho", pessoas têm seus filhos nos corredores, sem qualquer privacidade, cuidado e amor. Não há leitos, macas, medicação e tão pouco profissionais nas milhares de unidades de saúde. Saúde essa que só está presente na frase, pois ter filho em um chão sujo, não é sinônimo de saúde.

Pessoas precisam entrar na justiça para ter acesso a tratamento de saúde, processar o Estado para garantir remédios de uso contínuo, ficar em filas durante dias para conseguir fraldas geriátricas, usar seus celulares filmando e divulgando as mazelas e maus tratos nessas unidades que não tem saúde, somente dor, desrespeito e negligências.

As escolas caem aos pedaços, têm cadeiras sucateadas, lampadas penduradas, violência contra os professores e diretores, tráfico de drogas e bandidos armados. Como em um ambiente desses pode prevalecer a educação? Como meninos e meninas, adolescentes e jovens podem ter ou ser o futuro? Parece até que essa é a ideia dos nossos governantes.

Se nossos governantes não respeitam a população, como eles podem exigir respeito por parte do povo? Como podem eles querer bater no peito e julgar-se autoridades? Fazem um juramento e simplesmente ignoram as leis do país, tripudiam e avacalham a Constituição. Jogam nossos direitos de privada abaixo, junto com seus excrementos autoritários.

O que vivemos no Brasil hoje é de uma nojeira, de revirar o estomago. Até quando ficaremos calados? Até quando suportaremos tanta humilhação e descaso. Acredito que já passou da hora de acordarmos e ocuparmos as ruas com palavras de ordem e juntos como bons brasileiros que somos mudarmos essa situação.

Vamos a luta, chega de inercia o momento é de exigirmos aquilo que é nosso por direito, como bons cidadãos ordeiro que somos.

Boa semana a todos!

Irresponsabilidade, poeira e silêncio

Mais uma vez o povo carioca assiste atônito, a mais um capítulo da incompetência e irresponsabilidade dos poderes públicos. A omissão continua sendo uma forte arma, a serviço dos poderosos políticos que estão no poder. Nunca se fez tanto uso dessa arma como nos governos de Sergio Cabral e Eduardo Paes.

Quem sofre? É claro que o povo, as pessoas que perdem seus entes queridos, sobrinhos (as), filhos (as), esposos (as), amigos (as), e o ilustríssimo governador e o prefeito ficam na deles, assistem a tudo e não assumem nada e tão pouco se responsabilizam por alguma coisa.

Muitas obras são realizadas sem auxilio de profissionais credenciados, por empresas irregulares e sem escritórios fixos. A omissão nesse e em muitos casos é, um jogo de cartas marcadas. A prefeitura vai culpar o dono do prédio e o CREA, o CREA vai culpar a prefeitura, o governo estadual é claro vai tirar o corpo da reta. E as famílias atingidas ficaram sem auxílio e sem respostas.

Vocês ainda se lembram do caso Palace 1 e 2? Sérgio Naia já morreu, e as famílias atingidas por aquela tragédia continuam sem suas indenizações e morando na casa de parentes, ou em hotéis. E claro ninguém foi punido, ou seja, ninguém foi preso e, todos os envolvidos curtem suas vidas livremente enquanto muitos sofrem e ainda choram.

No caso de ontem não tenha esperanças, os corpos serão resgatados, sepultados, missas e homenagens serão feitas, mas os verdadeiros culpados não serão punidos. Não são os pedreiros, ou tão pouco os empreiteiros, os verdadeiros culpados, mas sim o Governo Estadual e Governo Municipal. Como pode uma reforma ou obra ser feita no centro da cidade, ao lado do Teatro Municipal e nenhum desses tomar ciência de tamanha bravata?

Omissão, desrespeito, desleixo, incompetência, não importa o nome que dermos para isso, para os familiares das vítimas dessa tragédia, simples palavras não os fará sentir-se melhores ou mais protegidos. A preocupação dos governos estadual e municipal está voltada para copa 2014 e olimpíadas 2016, por isso eles não estão focados no que tange as suas atribuições, exceto as eleições de 2012 que será em outubro, isso sim para eles é de suma importância.

O Rio de Janeiro está de luto, e o mundo acompanha atônito toda a movimentação e desfecho de toda essa tragédia. Anos atrás fachadas de prédios no centro do Rio perderam parte de seus tetos e rebocos, e a prefeitura encarregou à defesa civil de fazer vistorias em prédios antigos. Será que esse prédio passou por uma dessas vistorias? Ninguém percebeu que ali estavam sendo feitas reformas? Ou percebeu-se e mais uma vez taparam o sol com a peneira?

De concreto sabemos que há: corpos soterrados (Irresponsabilidade), prédios desmoronados (poeira), pessoas chorando, e mais uma vez a cara de pau de Eduardo Paes e Sérgio Cabral (Silêncio).

Boa noite para vocês.