sábado, 29 de outubro de 2011

PAC – Programa de Aceleração do Crescimento.

Aceleração do Crescimento de quem?

Após dias com esse assunto na cabeça, resolvi fazer uma pesquisa sobre o quanto em dinheiro o munícipio de Nova Iguaçu recebeu em investimentos do PAC. Tinha infelizmente apenas uma ideia superficial de valores, de frentes de obras e de projetos de obras. Precisava ler com meus próprios olhos, pois o que tenho visto são obras inacabadas, ruas esburacadas e com a chegada breve do verão, as chuvas trazem a tona as preocupações de todos os anos, as enchentes.

O Programa de Aceleração do Crescimento foi algo criando para o bem comum, porém o que se tem percebido é que muitos políticos, não vêm cumprindo com o estabelecido em regras e contratos inclusive públicos.

Escolhi falar de Nova Iguaçu, pelo fato de morar aqui e não perceber em nenhum momento no bairro em que moro obras de relevante significância.

Talvez ajam pessoas que assim como eu, não tenham a menor ideia do quanto foi destinado em verbas para esse munícipio. Como minha curiosidade foi muito aguçada, consegui encontrar na internet alguns valores.

Na primeira remessa de valores em 2007¹ o município de Nova Iguaçu recebeu nada mais, nada menos do que R$ 157 milhões para obras de infraestrutura, que já estavam em andamento no bairro de Cabuçu. Obras essas que moradores já fazem reclamações em um site que encontrei na net².

Obras como da continuação da Via Light (RJ-081) até o município de Queimados, estão paradas a mais de 2 anos. Esta importante via, liga atualmente a Baixada Fluminense à Cidade do Rio de Janeiro, iniciando em Nova Iguaçu, passando pelos municípios de Mesquita, Nilópolis, São de Meriti e chegando a Pavuna. Uma via extensa e cheia de complicações, constantes assaltos, acidentes e mal iluminada. A Via Light tinha seu término nas proximidades de um Hipermercado famoso, foi construído um Viaduto e as obras se estenderam do Motel Vênus até a Subestação da Light no bairro Marco 2. Como eu já disse, as obras deveriam se estender até a Estrada Mato Grosso, que liga o bairro Cabuçu ao município de Queimados, no entanto essas obras que iriam dar suporte no trafego de veículos está completamente parada.

Onde será que foram parar tantos milhões? Por que esse dinheiro não foi usado da forma que deveria?

No bairro Jardim Pernambuco há uma unidade de saúde abandonada, que na época em que o então Senador Lindberg Farias era prefeito deste município, fez promessas de que seriam concluídas as obras naquele local. À época as instalações estavam ocupadas por pessoas que não tinham moradia, as pessoas foram removidas, as obras se iniciaram mas não foram concluídas. Hoje outras pessoas voltaram a ocupar aquele espaço tão importante. As unidades de saúde próximas desta localidade estão a uns 10 ou 35 minutos de distância, são elas 1. Hospital Geral de Nova Iguaçu na Posse cujo o atendimento é precário, sem médicos, aparelhos e outras mazelas; 2. Unidade Mista de Saúde Guache em Austin também sem condições de fazer um atendimento de emergência, como por exemplo infarto; 3. Unidade de Pronto Atendimento em Cabuçu, a UPA essa vocês já conhecem em todo Rio de Janeiro como funcionam.

Ainda depois de tudo isso eu me pergunto, onde será que estão todos os milhões do PAC destinados as obras de infraestrutura e crescimento de Nova Iguaçu?

Neste site http://www.odebrechtonline.com.br/materias/01601-01700/1682/ a Odebrecht dá mais detalhes sobre os projetos, a quantidade em dinheiro destinado a Nova Iguaçu e a toda Baixada Fluminense.

Eu em particular não acredito que essas muitas obras e projetos, sairão do papel para realidade.

Boa vontade, boas ideias, tudo isso é o conjunto necessário para o progresso e o avanço não só de Nova Iguaçu, mas também para toda a Baixada Fluminense e todo o Brasil. Mas de nada valerá isso enquanto não houver caráter, dignidade, respeito, honestidade e temor. Enquanto houverem facilidades, haverão corruptos. Enquanto houver descaço haverá corruptores. Enquanto houver silêncio, seremos massacrados e enganados.

Bom sábado.

Abaixo os sites com as notícias que citei nesta postagem:

http://oglobo.globo.com/rio/mat/2007/09/26/297892501.asp (1)

http://www.cabucu.com/2011/05/presidente-luis-inacio-lula-da-silva-inaugura-obras-do-pac-em-nova-iguacu-e-marca-a-historia-dos-bairros-cabucu-e-laranjeiras/ (2)

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Cidadãos X Royalties Quem vence essa batalha?

A semana mal começou e já temos diversos assuntos a abordar nesse blog. No fim da semana passada, acompanhamos as notícias sobre os Royalties do Petróleo, as manifestações indignadas do governador Sérgio Cabral e o então secretário de saúde Sergio Cortes.

Confesso a vocês, que fiquei muito comovido com esse chororô todo. As narrativas são bem pessimistas quanto à divisão dos tão cobiçados Royalties. E isso não é coisa exclusiva desse governo, no governo Rosinha Garotinha discursões parecidas vieram à tona e fez parte de todos os noticiários da época. Isso prova que o “suado” dinheirinho é muito valioso.

Mas o que realmente me preocupa, não é todo esse chororô, as caras e bocas que as “autoridades” fazem ao dar entrevistas sobre a pauta. O que me preocupa é ver que o discurso, foge a realidade.

O que eu ouvi ontem e hoje também, é que sem o “milagroso” dinheiro dos Royalties muitas obras vão parar, e a SAÚDE do ESTADO DO RIO DE JANEIRO vai perder recursos. Mas como assim, a SAÚDE vai perder recursos? Quer dizer que sem os Royalties a saúde vai piorar? E tem como ficar pior do que já está?

Creio que alguns de vocês acompanharam as notícias sobre uma idosa, que após conseguir na justiça o direito de ser internada em uma UTI da rede PÚBLICA de SAÚDE, e veio a óbito. (Segue o Link da Notícia – Fonte R7 http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/morre-no-rio-idosa-que-precisou-entrar-na-justica-para-conseguir-vaga-em-cti-20111024.html). Para que uma pessoa seja atendida em uma unidade médica de saúde, se faz necessário entrar com ações na justiça, isso tendo nós o auxílio dos Royalties do Petróleo, o que me diz você se perdermos esse “dinheirinho milagroso”. Os que necessitam da Rede Pública de Saúde estão fritos, com certeza veem-se em um mato sem coelho.

Assisti a cerca de um ano, um documentário do cineasta Mike Moore com o titulo SICKO – SOS Saúde. Nos dias atuais, compararmos a Saúde no Estado do Rio de Janeiro com o documentário não é exagero, como muitos podem estar dizendo neste momento. A diferença é que lá os planos de saúde existem, mas não cobrem a maioria dos procedimentos e aqui ainda não chegamos a esse extremo. Ainda não chegamos, já tivemos casos que clientes tiveram que acionar a justiça para terem direito a fazer algum tipo tratamento.

É parece que a SAÚDE do Rio de Janeiro está a perigo, se muitos dizem que a SAÚDE no Rio está doente, acredito que por esses dias a SAÚDE do Rio está caminhando a passos largos para UTI, espero que não seja necessário entrar com ações na justiça para conseguir uma vaguinha na UTI.

Esse dinheiro dos Royalties é tão bom, que estados não produtores de petróleo querem uma fatia do bolo. Isso se dá por não haver uma fiscalização efetiva e controladora que possam parar, neutralizar, inibir, constranger e até mesmo encarcerar os homens públicos que fazem mau uso desse dinheiro. E ainda tem o dim-dim dos Royalties do pré-sal, que promete render uma briga sem precedentes. Enquanto se disputa entre “garfadas” e discursos bem elaborados, com rostos franzidos e blá, blá, blá é o povo que fica em meio a todo esse sofrimento. Sem médicos, sem atendimento digno em unidades hospitalares e por ai vai. Royalties do Petróleo que se dane, que se dane Governador equacione as contas, reveja contratos, reveja acordos e com certeza as coisa entraram nos eixos.

Tenho certeza que vão dizer para mim, “puxa você deveria apoiar a campanha da não divisão dos Royalties” pode a te ser, mas só se o atual governo parar de dar mole para algumas empresas que tem bom relacionamento com o mesmo. Por exemplo, por que não cancelar a não cobrança de impostos a determinadas empresas instaladas e muito bem instaladas aqui no querido e pomposo Estado do Rio de Janeiro? Ações como essa com certeza já seriam de boa ajuda!

Boa semana a todos!

domingo, 16 de outubro de 2011

Enxugando Gelo

Muitos já devem ter ouvido essa expressão: “É como enxugar gelo”, ou algo do tipo. Pois bem, hoje li no Jornal O Dia sobre mais um arrastão na Rodovia Presidente Dutra.

O Governo do Estado insiste em nos “assegurar”, que o nosso Estado está seguro, que os principais morros e comunidades estão pacificados e o tráfico de drogas está com os dias contados. Mas infelizmente não é isso que temos visto.

Na realidade a política de segurança do nosso estado, parece perdida, a deriva e não corresponde com o que tem sido propagado.

Ontem foi arrastão, amanhã outro e onde nós cidadãos de bem vamos parar. Teremos que nos contentar em ficar presos dentro de nossas casas, sem ter o direito de usufruir de nossos carros, usar nosso dinheiro no lazer de nossas famílias. Penso que essa política de segurança pública deveria ser revista. Seria justo ficarmos acuados, em quanto nossos agressores ficam livres e impunes?

O cidadão não pode nem errar o caminho de casa, como aconteceu com o idoso que entrou no Chapadão e foi alvejado por tiros desferidos por traficantes. Errar é humano, e a correção vem através de um gatilho criminoso?

Deixar um gelo sequinho, somente com panos ou toalhas é muito difícil. O ideal é coloca-lo no freezer ou no congelador convencional. Fazer segurança pública sem integração Federal, Estadual e Municipal também é impossível. Se não houver inteligência, vontade de fazer, aliados a caráter e dignidade, não há solução não existe UPP que resolva. De que adiante as proximidades do Maracanã estarem seguras, o corredor hoteleiro estar seguro, se as rodovias de acesso ao centro da cidade estiverem abandonadas? Os locais onde acontecerão os maiores eventos no futuro estão “pacificados”, mas desse jeito ninguém chegará lá para assistir.

Alguma coisa precisa ser feita, e não adianta gastar milhões em propaganda se a realidade do cotidiano revelam outras coisas.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Omissão

De acordo com o dicionário, a palavra Omissão é um Substantivo Feminino mas nada impede que homens se apropriem deste ato.
Ainda de acordo com o dicionário Omissão além de ser um ato ou efeito de omitir, também é uma Falta, uma Lacuna - e uma FALTA DE AÇÃO NO CUMPRIMENTO DO DEVER; e INERCIA, e DESÍDIA. E fui além e pesquisei a palavra Desídia - é nada mais, nada menos que OCIOSIDADE, INDOLÊNCIA, PREGUIÇA. DESLEIXO.
É assim que muitos políticos (Homens ou Mulheres), vêem agindo entre nós. Ou melhor, não agem omitem-se no cumprimento dos seus deveres dos quais fizeram promessas, registraram em cartórios, e mesmo assim não fazem nadinha para aliviar o sofrimento dos cidadãos que os elegeram.
Os excelentíssimos estão no poder, amanhã poderão não mais estar. Nós damos a eles o poder, por tanto somos nós que devemos ter bastante atenção, à quem devemos confiar esse poder.
Fiquem atentos, pois no próximo ano eles estarão mais uma vez almejando nossos votos, fazendo as mesmas promessas, apertando as nossas mãos, e até almoçando em nossas casas. Pois é, o prejuízo é dobrado.
O engraçado é que eles nunca se recusam a conversar, a ouvir o apelo público enquanto é claro estão querendo os nossos votos. Depois de eleitos nunca estão disponíveis, estão sempre em reunião, com a pauta cheia inclusive para ver os problemas que circundam seus próprios corpos.
E ainda querem enquanto no poder aumentar seus salários, criar ou recriar impostos, inventar taxas de circulação pra cá, taxas de não sei o que pra lá e levam 4 anos de mandato nesse blá, blá, blá.
Enquanto isso, aqui o mundo real pessoas morrem nas filas de atendimento dos hospitais e postos de saúde, não há médicos, não há remédios e nem macas. Seres-humanos vão parar na geladeira ainda com vida, e como resposta a nós sociedade ouvimos "Vamos abrir uma sindicância", simples e seco.
Somente nós temos o poder para mudar essa situação, não adianta culpar Deus, culpar Pedro, Joaquim a responsabilidade é minha e sua. Eis que está as portas mais um pleito, comesse a analisar, a pesquisar e conversar com amigos e familiares. Comêssemos logo antes que sejamos enganados mais uma vez.