Caso continuemos nessa entoada o Brasil
infelizmente, não terá futuro. Não teremos educação de qualidade, não teremos
saúde descente, não veremos grandes e poderosos cumprindo pena atrás das grades
e não tão somente uma prisão domiciliar, como acontece hoje com os afortunados
e influentes que comentem crimes.
Na CPI que investiga o Senador Demostenes, Cachoeira
e outros foram convocados os governadores de Goiás e Brasília. Sérgio Cabral
que é governador do Rio de Janeiro ficou de fora. A desculpa dada pelos
senadores é de que no momento ele não será chamado, pois não há provas
determinantes para sua convocação. Sérgio Cabral por sua vez, está muito
confiante nos seus secretários, assessores e claro não podem faltar os
advogados que o estão assessorando e também seus amigos influentes de Brasília.
Cresci ouvindo o ditado: “Pau que dá em Chico,
também dá em Francisco”, mas na CPI isso não é regra, pois a mesma que convoca
dois ou três, não convoca os outros para se explicarem. Será isso omissão,
covardia ou simplesmente cumplicidade? Se fosse um pobre sem influencias, na
mesma situação que estes figurões estão, já estaria cumprindo a prisão preventiva pois a liberdade do mesmo colocaria em risco as investigações. Em um país onde
há dois pesos e duas medidas, fica evidente que a tal da igualdade está muito
longe de ser realidade.
Ainda temos nesse cenário o deputado federal Cândido
Vacarezza do (PT-SP), que votou contra a quebra do sigilo fiscal da empresa
Delta, o que se passa na cabeça desse e de outros deputados, senadores,
governadores, prefeitos e até mesmo da presidente da república nós não sabemos,
mas o que fica notório é a falta de comprometimento com o povão que os
elegeram. Escândalos, desvios de condutas e de verbas aqui no Brasil, tornou-se
rotineiro e já não assustam mais algumas pessoas, e esse é o grande perigo neste processo,
quando as coisas ao nosso redor já não nos assustam mais, tornamo-nos sociopatas
assim como nossos governantes, estes que hoje estão no poder fazendo de um tudo
para que a vida da população, não seja valorizada.
Se há omissão, covardia ou cumplicidade no
ato desses entes públicos talvez nunca saibamos nos resta uma única certeza, a
de que precisamos enquanto temos forças lutar contra toda corrupção, desvio de conduta e caráter.