terça-feira, 25 de outubro de 2011

Cidadãos X Royalties Quem vence essa batalha?

A semana mal começou e já temos diversos assuntos a abordar nesse blog. No fim da semana passada, acompanhamos as notícias sobre os Royalties do Petróleo, as manifestações indignadas do governador Sérgio Cabral e o então secretário de saúde Sergio Cortes.

Confesso a vocês, que fiquei muito comovido com esse chororô todo. As narrativas são bem pessimistas quanto à divisão dos tão cobiçados Royalties. E isso não é coisa exclusiva desse governo, no governo Rosinha Garotinha discursões parecidas vieram à tona e fez parte de todos os noticiários da época. Isso prova que o “suado” dinheirinho é muito valioso.

Mas o que realmente me preocupa, não é todo esse chororô, as caras e bocas que as “autoridades” fazem ao dar entrevistas sobre a pauta. O que me preocupa é ver que o discurso, foge a realidade.

O que eu ouvi ontem e hoje também, é que sem o “milagroso” dinheiro dos Royalties muitas obras vão parar, e a SAÚDE do ESTADO DO RIO DE JANEIRO vai perder recursos. Mas como assim, a SAÚDE vai perder recursos? Quer dizer que sem os Royalties a saúde vai piorar? E tem como ficar pior do que já está?

Creio que alguns de vocês acompanharam as notícias sobre uma idosa, que após conseguir na justiça o direito de ser internada em uma UTI da rede PÚBLICA de SAÚDE, e veio a óbito. (Segue o Link da Notícia – Fonte R7 http://noticias.r7.com/rio-de-janeiro/noticias/morre-no-rio-idosa-que-precisou-entrar-na-justica-para-conseguir-vaga-em-cti-20111024.html). Para que uma pessoa seja atendida em uma unidade médica de saúde, se faz necessário entrar com ações na justiça, isso tendo nós o auxílio dos Royalties do Petróleo, o que me diz você se perdermos esse “dinheirinho milagroso”. Os que necessitam da Rede Pública de Saúde estão fritos, com certeza veem-se em um mato sem coelho.

Assisti a cerca de um ano, um documentário do cineasta Mike Moore com o titulo SICKO – SOS Saúde. Nos dias atuais, compararmos a Saúde no Estado do Rio de Janeiro com o documentário não é exagero, como muitos podem estar dizendo neste momento. A diferença é que lá os planos de saúde existem, mas não cobrem a maioria dos procedimentos e aqui ainda não chegamos a esse extremo. Ainda não chegamos, já tivemos casos que clientes tiveram que acionar a justiça para terem direito a fazer algum tipo tratamento.

É parece que a SAÚDE do Rio de Janeiro está a perigo, se muitos dizem que a SAÚDE no Rio está doente, acredito que por esses dias a SAÚDE do Rio está caminhando a passos largos para UTI, espero que não seja necessário entrar com ações na justiça para conseguir uma vaguinha na UTI.

Esse dinheiro dos Royalties é tão bom, que estados não produtores de petróleo querem uma fatia do bolo. Isso se dá por não haver uma fiscalização efetiva e controladora que possam parar, neutralizar, inibir, constranger e até mesmo encarcerar os homens públicos que fazem mau uso desse dinheiro. E ainda tem o dim-dim dos Royalties do pré-sal, que promete render uma briga sem precedentes. Enquanto se disputa entre “garfadas” e discursos bem elaborados, com rostos franzidos e blá, blá, blá é o povo que fica em meio a todo esse sofrimento. Sem médicos, sem atendimento digno em unidades hospitalares e por ai vai. Royalties do Petróleo que se dane, que se dane Governador equacione as contas, reveja contratos, reveja acordos e com certeza as coisa entraram nos eixos.

Tenho certeza que vão dizer para mim, “puxa você deveria apoiar a campanha da não divisão dos Royalties” pode a te ser, mas só se o atual governo parar de dar mole para algumas empresas que tem bom relacionamento com o mesmo. Por exemplo, por que não cancelar a não cobrança de impostos a determinadas empresas instaladas e muito bem instaladas aqui no querido e pomposo Estado do Rio de Janeiro? Ações como essa com certeza já seriam de boa ajuda!

Boa semana a todos!

Um comentário:

  1. Os Royalties são verbas indenizatórias, sendo, no caso do petróleo, destinado as cidades que aportam as necessidades da exploração de petróleo, ou seja, a base.

    Este dinheiro deveria ser revertido em infraestrutura, valorando a saúde, habitação e saneamento, além de obras necessárias para a localidade.

    Tais verbas são destinadas para tal fim?

    A morte da idosa é um exemplo do desvio da finalidade pública, tão como o calçadão da praia de Rio das Ostras, em pedra Jade, algo bem caro.

    Quem ganha com isso tudo? A resposta está no caixa 2 e empresas contratadas pelos beneficiados de tais verbas.

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